A Americanas divulgou no dia 26 de fevereiro seu primeiro balanço corporativo — que mostra as contas da empresa — após a descoberta da fraude de 20 bilhões de reais, em janeiro de 2023. A varejista registrou prejuízo de 4,6 bilhões nos primeiros nove meses do ano passado.
“O ano de 2023 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da Americanas, não só pela magnitude da fraude revelada, como também pela necessidade de reconstrução que se apresentou”, diz a mensagem da administração presente na divulgação dos resultados.
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Entre janeiro e setembro, a empresa teve uma queda de 45,1% na receita — que chegou a 10,3 bilhões de reais — se comparada aos mesmos meses do ano anterior. Os problemas financeiros geraram insegurança dos consumidores, o que provocou uma baixa nas vendas por canais digitais. O e-commerce praticado foi 77,1% menor do que nos meses de 2022.
O volume bruto de mercadorias vendidas (GMV, na sigla em inglês) nos canais digitais foi de 4,8 bilhões de reais em 2023, representando apenas 30% do total (16,1 bilhões de reais). Em 2022, as compras virtuais respondiam por 64% de todas as vendas da Americanas, gerando 20,9 bilhões de reais.
Já as lojas físicas apresentaram queda de 4,4% no GMV de um ano para o outro. Em 2023, o volume de vendas foi de 9,3 bilhões de reais, enquanto 2022 registrou 9,7 bilhões de reais.
Além da insegurança dos clientes, a Americanas explica que alterou algumas de suas estratégias de negócio, o que interferiu nos resultados.
Os números mostram que, com o prejuízo dos três primeiros trimestres de 2023, o patrimônio líquido negativo da companhia chegou a 31,2 bilhões de reais. Isso significa que o valor somado de todos os ativos da empresa é menor do que as dívidas. Em 2022, a patrimônio líquido negativo era de 26,7 bilhões de reais.
A expectativa é de que o balanço do quarto trimestre de 2023 seja divulgado no dia 26 de março.
Fontes: Divulgação de Resultados e G1.
