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No dia 13 de abril, começa o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2024, também chamado de “Brasileirão”. Pelos próximos oito meses serão transmitidas pela TV e internet 38 partidas, de 20 clubes da série A, que disputarão a taça do torneio.
Entre março e abril, houve intensa movimentação para fechar os contratos — e valores — de direitos de transmissão dos jogos. Até o fim deste ano, os torcedores poderão assistir às partidas da série A pelos canais da Rede Globo (TV Globo, Premiere e SporTV), que detém um contrato de exclusividade de transmissão de 2,1 bilhões de reais. Apenas os jogos que têm o Athletico Paranaense como mandante serão transmitidos pela CazéTV, pelo canal TNT e pela Rede Furacão, aplicativo do clube, já que o time rescindiu o contrato com a emissora.
Porém, antes mesmo de a bola rolar pelo campeonato em 2024, outra disputa foi travada entre os interessados em transmitir os jogos a partir de 2025, ano em que a Rede Globo perde a exclusividade de exibição.
Quem levou a melhor?
Mesmo com o fim da exclusividade, a Globo ofereceu 6 bilhões de reais, cerca de 1,2 bilhão por ano, e conseguiu fechar um novo contrato com os clubes que integram a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) para transmissão das partidas entre 2025 e 2029.
Esse acordo se refere à TV aberta, fechada e pay-per-view. Até o momento, o Corinthians é o único time da liga que ainda não assinou o contrato e estuda outras propostas.
Já os integrantes da Liga Forte União (LFU) definiram que produzirão as próprias transmissões e venderão os direitos de exibição em pacotes que serão negociados pela LFU com emissoras de TV abertas e fechadas e plataformas de streaming. Os valores dos pacotes ainda não foram divulgados.
Entenda as ligas
Atualmente, os principais times brasileiros estão divididos em duas ligas: a Libra, que tem como principal investidor o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, e assessoria financeira do BTG; e a Liga Forte União (LFU), assessorada pela XP e com a Life Capital Partners como investidora.
As ligas foram criadas em 2022, com o objetivo de intermediar contratos financeiros em bloco, em vez de cada time negociar individualmente. A ideia é, com isso, ganhar força na hora de negociar com as empresas de mídia e alavancar os ganhos relacionados aos direitos de transmissão de jogos. Os valores pagos aos clubes por quem exibe as partidas representam entre 30% e 80% da receita dos times. Além da quantia fechada em contrato, alguns deles preveem renda extra de acordo com a audiência.
Divisão dos times da série A entre as ligas
Fontes: CBF, Lance!, Exame e UOL.
