
A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina, na tarde desta quinta-feira (8/5), anunciou que um novo papa havia sido escolhido. Ele é Robert Prevost, de 69 anos, e escolheu o nome de Leão XIV para seu pontificado. Ele será o 267º chefe da Igreja Católica.
Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho em 1977 e professou seus votos perpétuos em 1981. Graduado em Matemática pela Universidade Villanova, possui mestrado em Teologia pela Catholic Theological Union, em Chicago, e doutorado em Direito Canônico pelo Colégio Pontifício de Santo Tomás de Aquino, em Roma.
Ganhou destaque por seu trabalho missionário no Peru durante os anos 1980, período em que aprendeu espanhol e fortaleceu sua conexão com os fiéis latino-americanos. Naturalizado peruano, viveu cerca de 20 anos no país.
Ele era muito próximo do Papa Francisco e considerado um progressista entre os cardeais norte-americanos, tradicionalmente mais conservadores e, em muitos casos, críticos ao pontificado de Francisco.
O papel do papa como chefe de Estado
O papa, além de ser líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos, é um chefe de Estado. Exerce um papel significativo na geopolítica global, atuando como um ator diplomático de peso, cuja influência transcende a esfera religiosa.
A Santa Sé, sob a liderança do papa, utiliza o que se chama de “poder brando” (soft power), baseado no prestígio moral e na neutralidade tradicional, para mediar conflitos, promover o diálogo entre nações e culturas diversas e defender causas humanitárias.