Em 22 de maio, a sigla IOF ganhou as manchetes dos portais de notícia. IOF significa Imposto Sobre Operações Financeiras. Ele é cobrado quando os contribuintes fazem certas movimentações com dinheiro, como:
- Compras no exterior com cartão de crédito;
- Empréstimos ou financiamentos;
- Compras de moeda estrangeira, como dólar ou euro;
- E investimento em alguns tipos de aplicação.
Por que o governo decidiu aumentar o IOF
A decisão do governo anunciada esta semana tinha o objetivo de organizar melhor as contas públicas, ou seja, de ajustar o que é gasto e arrecadado.
Desde que foi criado o arcabouço fiscal, em 2023, o crescimento das despesas passou a ser limitado a 70% da variação da receita. Usando um exemplo do dia a dia, é como se alguém recebesse um aumento de salário de 100 reais, mas só pudesse aumentar os gastos em 70 reais, guardando os 30 restantes.
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Além de congelar os gastos, o governo tinha a intenção de aumentar os impostos para arrecadar mais dinheiro. A ideia inicial era conseguir mais de 20 bilhões de reais só em 2025.
Um passo para trás
Mas a reação foi forte. Investidores reclamaram, o mercado ficou nervoso, e muitos especialistas disseram que as mudanças poderiam atrapalhar a economia — principalmente os investimentos no Brasil.
Com isso, o governo voltou atrás em parte das medidas, entre elas: não vai mais aumentar o imposto para quem investe em fundos no exterior e cancelou o aumento para quem manda dinheiro para a própria conta fora do Brasil.
Também no dia 22, o governo anunciou um bloqueio de 31,3 bilhões de reais no orçamento deste ano. Isso atingirá os gastos livres dos ministérios, ou seja, aqueles que não são obrigatórios. Essas despesas envolvem investimentos e custeio da máquina pública.
Fontes: Folha de S.Paulo e Valor Econômico.
