
Em 2024, a geração de eletricidade a partir de fontes limpas, ou seja, que não emitem Gases de Efeito Estufa (GEEs), ultrapassou 40% da produção mundial pela primeira vez desde a década de 1940. Esse avanço foi impulsionado, principalmente, pela expansão recorde do uso de energia solar, que aumentou 29% em relação a 2023 — a maior marca em seis anos. Os dados foram levantados pela Ember, um centro internacional de estudos de energia, no relatório “Global electricity review 2025”.
A participação de fontes fósseis, como gás e carvão, predomina: 59,1% de toda a eletricidade gerada no mundo vem desses recursos. Em 2023, essa participação era de 60,6%. As fontes fósseis são responsáveis pela emissão de GEEs, principalmente, gás carbônico (CO2), que intensificam o aquecimento global.
Fazer a transição da geração de energia a partir de materiais que emitem GEEs para as chamadas fontes limpas é fundamental para diminuir os impactos no clima, além de gerar benefícios econômicos. Mas custa caro. De acordo com o relatório “Energy transition investment trends 2025”, da BloombergNEF, que faz estudos e projeções sobre transição energética, em 2024, foram investidos mais de 2,1 trilhões de dólares (cerca de 12 trilhões de reais) globalmente no processo.
O financiamento, feito por governos e empresas, para o combate das mudanças do clima é uma das principais negociações abordadas na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP). Em 2025, no mês de novembro, o encontro anual será em Belém (PA), reunindo 198 países. A seguir, veja a evolução das fontes limpas na geração de energia elétrica e os investimentos nesse setor em todo o mundo.

Fontes: Ember e BloombergNEF.