
Em 2022, uma pesquisa da Inflr, startup especializada em marketing de influência, revelou que 75% dos jovens brasileiros queriam ser influenciadores digitais. O desejo é estimulado principalmente pela fama e pelo potencial de retorno financeiro que esse ofício pode proporcionar.
A creator economy (“economia criadora”, em tradução livre) é conhecida por muitos como o processo em que criadores de conteúdo ganham dinheiro com aquilo que produzem e compartilham on-line. Mas, segundo André Pannos, especialista em criação de conteúdo, o conceito vai muito além do que se vê nas redes. “A economia dos criadores de conteúdo envolve desde plataformas e agências até criadores, infoprodutores, marcas, startups e serviços especializados. É um ecossistema inteiro que gira em torno da atenção e da criação”, diz.
De criador a empresário
O modelo inicial — baseado na espontaneidade, em um celular e no alcance orgânico — evoluiu. Atualmente, os criadores mais bem-sucedidos estruturam negócios próprios, lideram equipes, criam produtos, lançam cursos e constroem comunidades. “A gente saiu do ‘quero só criar porque gosto’ para uma estrutura complexa de monetização. Hoje, o creator [“criador”, em inglês] pode ganhar dinheiro com publis, produtos digitais, programas de assinatura, infoprodutos e até a própria marca”, diz Pannos.
Um dos principais cases brasileiros dessa transição é o de Bianca Andrade, a Boca Rosa, que criou uma marca de maquiagem a partir da influência que passou a exercer. “O que antes era uma parceria com grandes marcas virou uma concorrência direta. Muitos criadores entenderam que podiam lançar os próprios produtos e gerar lucros muito maiores”, afirma o especialista.

Fontes: Youpix E Consumidor Moderno.