
Fãs de futebol estão cada vez mais dispostos a investir em experiências imersivas que os aproxime da história dos clubes. O Maracanã, no Rio de Janeiro, o Mineirão, em Belo Horizonte, e a Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília, organizam um fluxo intenso de visitas guiadas em seus espaços. Em São Paulo, a Rota do Futebol, criada pela Secretaria de Turismo e Viagens do estado, oferece um passeio em alguns dos mais significativos estádios do país: Neo Química Arena, Parque São Jorge, Allianz Parque, MorumBIS e Vila Belmiro.
As visitas fazem parte do turismo esportivo mundial, que movimentará 1,5 trilhão de dólares (em torno de 8,4 trilhões de reais) até 2032, segundo pesquisa da empresa Collinson International. De acordo com Milena Manhães, doutora em turismo, o setor integra o turismo de nostalgia — que busca conhecimento, cultura e significado para a paixão pelo esporte — com o de prática esportiva e o de eventos esportivos.
Uma visita guiada a um estádio brasileiro varia entre 20 e 90 reais por pessoa. Em 2023, apenas o Maracanã recebeu 360 mil visitantes, gerando até 30 milhões de reais de renda. Internacionalmente, o Camp Nou, estádio do Barcelona, é historicamente um dos mais visitados do mundo. Em 2022, antes da reforma, recebeu 1,5 milhão de pessoas.
Desde 2017, o Brasil enxerga o turismo esportivo como um mercado em expansão. Nesse ano, o ministro do Turismo se inspirou no estádio espanhol Santiago Bernabéu, que faturava, à época, 16 milhões de euros (cerca de 102,5 milhões de reais) por ano, para replicar o modelo de negócio no país, que vem crescendo até hoje.
Fontes: Ministério do Turismo, Jornal da USP, Terra, Uol e O Globo.