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Trump fala em mais tarifas após declaração do Brics

Brics quer menos dólar no mundo, e Trump ameaça com taxas
7 de julho de 2025 em Internacional
Crédito de imagem: Anadolu/Getty Images

Nos dias 5 e 6 de julho, foi realizada no Rio de Janeiro a reunião de cúpula do Brics — grupo formado por países emergentes que buscam cooperação para impulsionar o desenvolvimento econômico. Apesar das poucas medidas efetivas da declaração publicada em 7 de julho, elas despertaram reação do presidente norte-americano, Donald Trump.

O nome do grupo é uma sigla com as iniciais dos países fundadores: Brasil, Rússia, Índia e China, com o “S” adicionado posteriormente, após a entrada da África do Sul (South Africa, em inglês). Criado em 2009, Brics tinha, no início, quatro membros, mas hoje é composto por 11 participantes efetivos: além dos cinco já mencionados, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Na cúpula deste ano, representantes dos países-membros se reuniram para debater temas estratégicos e assinar uma declaração conjunta com os principais interesses do grupo.

Presidido pelo Brasil em 2025, o Brics se posiciona como porta-voz do chamado “Sul Global”, expressão usada para se referir às nações em desenvolvimento. Entre os pontos acordados estão a defesa do fortalecimento de instituições multilaterais, como a ONU, e o incentivo ao uso de moedas locais nas transações entre os países do bloco — uma maneira de reduzir a dependência do dólar.

Especialistas elogiaram o nível dos debates desse encontro, mas apontaram que a declaração teve tom moderado. Para o professor de relações internacionais Oliver Stuenkel, da Fundação Getulio, ouvido pelo G1, as propostas foram relevantes, porém pouco incisivas.

A resposta dos Estados Unidos (EUA) veio por meio das redes sociais. O presidente Trump criticou o encontro em sua plataforma, a Truth Social, e chamou as medidas do Brics de “antiamericanas”. Ele afirmou que qualquer país que se alinhar às políticas do grupo poderá ser alvo de uma tarifa adicional de 10% nas exportações para os EUA.

Sem explicar quais medidas são efetivamente antiamericanas ou quais nações seriam taxadas, Trump disse acordos tarifários serão entregues a partir do meio-dia do dia 7 de julho.

Fontes: G1, Gov.br e CNN Brasil.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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