Liz Truss discursa em frente à residência do primeiro-ministro, no número 10 da Downing Street, em Londres A primeira-ministra do Reino Unidos, Liz Truss, renunciou ao cargo em 20 de outubro, após 44 dias no cargo. A decisão foi tomada depois de diversas medidas de seu governo terem sido muito criticadas inclusive por aliados de Truss do Partido Conservador.
Eleita como alguém que reduziria os impostos, Truss anunciou um plano econômico que gerou desconfiança do mercado financeiro por trazer cortes sem o devido estudo de viabilidade e responsabilidade fiscal. Especialistas afirmavam que as ações fariam o país ficar sem recursos para enfrentar o momento de crise provocado pela guerra na Ucrânia. As medidas ocasionaram a alta dos juros e a desvalorização da libra esterlina, a moeda britânica.
Com a rejeição de seu plano, Truss demitiu o secretário de Tesouro, Kwasi Kwarteng, e colocou no lugar dele Jeremy Hunt, que fez uma virada de 180° nas decisões relacionadas às finanças do país. Com as mudanças, a primeira-ministra assistiu ao esvaziamento de seu poder, ao descontentamento dentro do Partido Conservador aumentar e não viu outra opção que não a renúncia.
A política permanecerá no cargo até que um sucessor seja escolhido. Entre os nomes que já vêm sendo citados pela imprensa britânica, estão Jeremy Hunt, hoje secretário do Tesouro, que já afirmou que não pretende lançar candidatura; e Boris Johnson, antecessor de Truss no cargo.
A intenção do Partido Conservador é anunciar o próximo primeiro-ministro até o fim de outubro.
