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Por que o presidente do BC precisa ser sabatinado antes de assumir o cargo

Gabriel Galípolo foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Assuntos Econômicos e recebeu 66 votos favoráveis e cinco contra no plenário
8 de outubro de 2024 em Nacional
Gabriel Galípolo em sabatina no Senado. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

No dia 8 de outubro, Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para o cargo de presidente do Banco Central do Brasil (BC), passou por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Depois de responder as perguntas dos parlamentares, ele foi submetido a uma votação na comissão e também no plenário do Senado.

Galípolo foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Assuntos Econômicos e recebeu 66 votos favoráveis e cinco contra no plenário. A votação foi secreta.

Esse ritual de aprovação está previsto no artigo 52 da Constituição, que determina que toda indicação para a diretoria do Banco Central passe pelo crivo do Senado antes que a pessoa assuma o cargo.

A intenção é verificar a qualificação, experiência e independência do indicado. A sabatina serve como uma avaliação pública e política da capacidade do indivíduo de cumprir as responsabilidades do cargo.

O presidente do Banco Central desempenha papel crucial na condução da política monetária. Estão em suas mãos o controle da inflação, a estabilidade financeira e a regulação do sistema bancário.

Ao submetê-lo à aprovação do Senado, evita-se que o presidente da República tenha controle direto e absoluto sobre a nomeação, assegurando que o presidente do Banco Central tenha a confiança não apenas do Executivo, como também do Legislativo e da população.

A sabatina permite que os senadores façam perguntas e examinem o indicado, reforçando a transparência e responsabilidade pública na nomeação de um cargo tão importante.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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