No dia 8 de outubro, Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para o cargo de presidente do Banco Central do Brasil (BC), passou por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Depois de responder as perguntas dos parlamentares, ele foi submetido a uma votação na comissão e também no plenário do Senado.
Galípolo foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Assuntos Econômicos e recebeu 66 votos favoráveis e cinco contra no plenário. A votação foi secreta.
Esse ritual de aprovação está previsto no artigo 52 da Constituição, que determina que toda indicação para a diretoria do Banco Central passe pelo crivo do Senado antes que a pessoa assuma o cargo.
A intenção é verificar a qualificação, experiência e independência do indicado. A sabatina serve como uma avaliação pública e política da capacidade do indivíduo de cumprir as responsabilidades do cargo.
O presidente do Banco Central desempenha papel crucial na condução da política monetária. Estão em suas mãos o controle da inflação, a estabilidade financeira e a regulação do sistema bancário.
Ao submetê-lo à aprovação do Senado, evita-se que o presidente da República tenha controle direto e absoluto sobre a nomeação, assegurando que o presidente do Banco Central tenha a confiança não apenas do Executivo, como também do Legislativo e da população.
A sabatina permite que os senadores façam perguntas e examinem o indicado, reforçando a transparência e responsabilidade pública na nomeação de um cargo tão importante.