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No dia 5 de dezembro, a Petrobras entregou 3 mil metros cúbicos (m³) de Combustível Sustentável de Aviação, conhecido como SAF (Sustainable Aviation Fuel, em inglês) para distribuidoras que atuam no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. A quantidade equivale a cerca de um dia de consumo total dos aeroportos do estado.
O SAF é produzido a partir de matéria-prima vegetal, como óleo de soja, processada junto ao querosene de base fóssil, resultando em um combustível até 80% menos poluente que o querosene tradicionalmente usado na aviação. Segundo a estatal, o maior benefício é a capacidade de ser utilizado sem necessidade de adaptação nas aeronaves, tornando sua implementação rápida e simples.
Para a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o SAF “é um produto competitivo, que atende a rigorosos padrões internacionais da aviação” e estratégico para cumprir as metas de descarbonização do setor.
Entretanto, a expectativa da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) era que o SAF representasse 10% do combustível usado nas aeronaves até 2030, porém a associação já afirmou que a meta dificilmente será alcançada. “Quando nos comprometemos com o carbono zero em 2050, eu disse que seria extremamente desafiante, mas o que estamos enfrentando agora é ainda maior do que o esperado”, afirmou o diretor-geral da Iata, Willie Walsh.
Além disso, a produção global ainda é insuficiente para atender a demanda, fazendo com que as companhias aéreas dependam de poucos fornecedores e o preços possam chegar ao triplo do querosene convencional. Como resultado, atualmente, menos de 1% do combustível consumido pela aviação mundial é SAF.
A Petrobras já apresentou um plano de expansão da produção no país. Além da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), responsável pelo primeiro volume entregue, a empresa deve iniciar operações em 2026 na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, e na Refinaria de Paulínia (Replan), ambas em São Paulo, além da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.
Fontes: Agência Brasil e Folha de S.Paulo.


