
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou, em 16 de maio, a nota de crédito dos Estados Unidos (EUA) de Aaa” para Aa1, encerrando um ciclo de mais de duas décadas em que o país mantinha a avaliação máxima entre as três maiores agências do mundo.
A justificativa da Moody’s para a queda foi o crescimento insustentável da dívida pública norte-americana e a falta de medidas efetivas para conter os déficits.
Com essa decisão, os EUA perdem a última classificação “nota máxima” que ainda possuíam. A S&P Global retirou a nota máxima em 2011, e a Fitch fez o mesmo em 2023.
O que são as notas de crédito?
As notas de crédito são uma maneira de classificar países e empresas de acordo com o risco financeiro que oferecem aos investidores. Funcionam como um medidor da confiança que investidores podem ter em um governo (ou companhia) para honrar suas dívidas.
Essas notas são atribuídas por agências especializadas, que levam em conta dados como endividamento, crescimento econômico, estabilidade institucional e capacidade de arrecadação.
Quanto melhor a nota, mais seguro é investir no país ou na empresa avaliada. A escala varia conforme a agência, mas normalmente segue a lógica de letras (AAA, AA, A, BBB etc.). Quanto mais letras A, maior a confiança. Abaixo de determinado nível (geralmente BBB-), o emissor é considerado de alto risco — o chamado “grau especulativo”.
As notas de crédito orientam decisões de investidores. Portanto um rebaixamento de nota pode significar menos interesse, juros mais altos e até fuga de capital.