O caminho do imposto

Como é arrecadado e para onde vai o dinheiro dos impostos que todos nós pagamos
7 de maio de 2024 em Edições Impressas, Nacional
Foto: Getty Images

O Congresso Nacional recebeu, no dia 25 de abril, o projeto que regulamenta a reforma tributária, aprovada em 2023. No ano passado, foi estabelecido que todos os impostos dos brasileiros seriam divididos em dois: CBS (Contribuição Sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços). Mas no texto aprovado ainda não havia detalhamento de como se daria a cobrança. É isso que essa regulamentação pretende fazer.

Entre os pontos estabelecidos pelo Ministério da Fazenda está, por exemplo, o cashback, que é a devolução de impostos para famílias de baixa renda na compra de alguns produtos e serviços, como gás de cozinha e energia elétrica. A proposta ainda tem que ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.

Os tributos do Brasil envolvem grande volume de dinheiro. Em 2023, os governos federal, estaduais e municipais arrecadaram mais de 3,5 trilhões de reais, segundo o Tesouro Nacional. Porém como esse dinheiro chegou até o governo? E como ele retorna para a população?

É o que você confere neste infográfico produzido sob orientação de Marcos Piellusch, professor da FIA Business School. Como a reforma tributária ainda não foi regulamentada, optamos por usar como exemplos os impostos que estão em vigor hoje.

1 – Pagamento

Atualmente, o Brasil tem diferentes tributos, diretos e indiretos:

Diretos – são aqueles que incidem sobre a renda ou o patrimônio das pessoas e empresas, como Imposto de Renda (IR), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Indiretos – incidem sobre consumo de produtos ou serviços, como Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e ISS (Imposto Sobre Serviços).

2 – Arrecadação

A arrecadação é feita por órgãos criados exclusivamente para esse fim: as receitas federal, estaduais e municipais.

3 – Gerenciamento

Todos os tributos arrecadados são gerenciados pelo Tesouro Nacional, encarregado de direcioná-los corretamente. O destino e a quantia a ser distribuída são estabelecidos pelo orçamento, elaborado pelo governo federal e aprovado pelo Congresso.

4 – Distribuição

Estabelecido o orçamento, os valores têm destinos variados:
■ Ministérios, secretarias e outros órgãos de governo – fazem a gestão dos serviços oferecidos pelo governo federal.
■ Fundo de participação dos estados e do Distrito Federal– distribui recursos para os estados.
■ Fundo de participação dos municípios – distribui recursos para os municípios.

5 – Destino

Os serviços mantidos com o pagamento de impostos incluem:
■ Hospitais públicos.
■ Escolas públicas.
■ Obras em geral, como estradas e prédios.
■ Programas assistenciais, como Bolsa Família.
■ Projetos culturais.
■ Segurança pública.
■ Sistema Judiciário.

Outros destinos para os tributos

Subsídio – apoio financeiro que o governo oferece a pessoas e empresas para incentivar atividades específicas ou determinados setores com o intuito de gerar empregos ou reduzir custos.
Incentivos fiscais – isenção ou redução de impostos para estimular a produção.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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