Foto: divulgação Noonans Mayfair Há 106 anos, no dia 2 de julho de 1918, um navio inglês que carregava pacotes de notas novas de rupias (as cédulas haviam sido impressas na Inglaterra) partiu de Londres com destino a Mumbai, na Índia. Ao cruzar o Canal da Mancha, a embarcação afundou depois de ser bombardeada.
Após o naufrágio, o dinheiro se espalhou pelo mar. Muitas das notas foram recolhidas e destruídas por autoridades inglesas e outras se perderam. Algumas, entretanto, foram encontradas e guardadas por moradores das praias próximas. Elas só passavam a ter valor depois de ser assinadas pelo governo indiano — o que nunca aconteceu — então não poderiam ter sido usadas como dinheiro nem naquela época.
Cento e seis anos depois, o Banco da Inglaterra relembrou a história do naufrágio nas redes sociais e despertou o interesse de colecionadores. Com isso, o dono de algumas notas conseguiu levá-las a leilão.
No dia 5 de junho, em Londres, Inglaterra, foi realizado um leilão em que duas notas de 10 rupias indianas (moeda oficial da Índia) foram arrematadas por 1,2 milhão de rupias. Cada nota de 10 rupias equivale, na cotação atual, a 60 centavos de real (moeda oficial brasileira). Ou seja, 20 rupias são 1,2 real. E essas duas cédulas foram vendidas por 77 mil reais.
Há um motivo para o comprador pagar essa fortuna para obtê-las: as notas são raras e não têm valor monetário, ou seja, não valem como dinheiro — o valor delas é histórico.
A supervalorização pode ser explicada pelo valor da história e do estado de conservação das cédulas, além do fator raridade. “Elas só valeriam depois que estivessem assinadas, mas isso as tornou ainda mais interessantes, raras e, portanto, mais valiosas”, explicou a representante da casa de leilões Noonans Mayfair, em nota.
Fontes: Noonans, UOL e History Channel.
