NFT: onda passageira ou revolução digital?

Os chamados tokens não fungíveis (NFTs) ganharam notoriedade no mundo das artes e começam a ensaiar iniciativa para uso a favor dos negócios
21 de setembro de 2022 em Edições Impressas, Internacional

Os NFTs vieram para ficar? Ainda não é possível responder essa pergunta, mas não há dúvida de que a novidade (já nem tão nova assim) vem fazendo muito barulho. O non-fungible token ou token não fungível é uma tecnologia criada para dar autenticidade a uma criação digital, seja uma obra de arte ou um documento, usando a rede blockchain.

2008 – O bitcoin é criado por uma pessoa ou grupo de pessoas em um documento assinado com o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.

2013 – O russo Vitalik Buterin cria a rede Ethereum, que viabiliza os contratos inteligentes.

2014 – O artista nova-iorquino Kevin McCoy produz a primeira obra de arte registrada com um certificado de autenticidade do tipo NFT, um gif chamado Quantum.

2017 – A dupla formada por Matt Hall e John Watkinson, Larva Labs, cria os CryptoPunks, NFTs que nada mais são do que imagens de 24×24 representando humanos, zumbis, macacos e alienígenas.

2017 – A Dapper Labs cria o CryptoKitties, um jogo para comprar e vender gatinhos virtuais colecionáveis, que popularizam o conceito de NFT, movimentando US$ 12 milhões (R$ 63 milhões em valores atuais).

2019 – É lançado o NBA Top Shot, que oferece um vídeo curto com momentos marcantes das partidas de basquete como NFT. Segundo os criadores, o projeto já vendeu mais de US$ 700 milhões (R$ 3,6 bilhões).

2020 – Jack Dorsey, fundador do Twitter, transforma seu primeiro tuíte em imagem estática e armazena na blockchain, criando assim um NFT. Meses depois, a obra é vendida por US$ 2,9 milhões (mais de R$ 15 milhões em valores atuais).

2021 – A banda norte-americana Kings of Leon lança o álbum When You See Yourself como um NFT e consegue gerar mais de US$ 2 milhões em vendas. Cerca de US$ 500 mil dos lucros foram doados para ajudar músicos prejudicados pela pandemia.

2021 – O artista e designer gráfi co Mike Winkelmann, conhecido como Beeple, vende sua obra de arte digital Everydays: The First 5000 Days, que reúne fotos registradas em NFT, por US$ 69,7 milhões (cerca de R$ 366 milhões, em valores atuais) na tradicional casa de leilões Christie’s.

2021 – Doge, um meme NFT que traz a imagem de um cachorro, é vendido por cerca de US $ 4 milhões.

2021 – A venda de NFTs dá um salto no terceiro trimestre, ultrapassando US$ 10 bilhões. O OpenSea, principal marketplace, responde por mais de US$ 3 bilhões desse volume.

2022 – Famosos como Neymar, Eminem, Justin Bieber e Jimmy Fallon investem nesse mercado. O jogador brasileiro comprou personagens da coleção Bored Ape Yacht Club por R$ 6 milhões. E, em setembro, fez um novo investimento, no projeto Eve NFT, criado para incentivar a inclusão feminina no mundo dos ativos digitais.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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