
Entre os dias 10 e 20 de julho, na Austrália, foi realizada a Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla em inglês). A 66ª edição teve a participação de jovens de 112 países e, pela primeira vez, a presença de inteligências artificiais (IAs) do Google e da OpenAI. Apesar do bom resultado, ambas as IAs tiveram pontuação inferior à de cinco jovens, que acertaram 100% das questões.
Para participar da competição, o Google inscreveu oficialmente o DeepThink, seu modelo de pesquisa profunda. Já a OpenAI usou uma versão de pesquisa experimental e não esclareceu o modelo utilizado, mas confirmou a contratação de três medalhistas da IMO para avaliar independentemente o desempenho da IA da empresa.
As duas IAs acertaram 35 dos 42 pontos totais, que corresponde ao nível ouro da competição, alcançado por cerca de 10% do total de 641 participantes. Ainda assim, ficaram abaixo de cinco jovens, que atingiram a pontuação máxima na olimpíada.
O presidente da IMO, Gregor Dolina, afirmou que as respostas do DeepThink, do Google, “foram impressionantes em muitos aspectos. Os avaliadores da IMO as consideraram claras, precisas e, na maioria dos casos, fáceis de acompanhar”. No entanto, os organizadores da competição destacam que não foi possível verificar a potência computacional utilizada para cumprir os desafios, nem se houve, de fato, ausência de intervenção humana no processo.