
O valor total de investimentos feitos por brasileiros chegou 7,9 trilhões de reais no fim de junho de 2025, um aumento de 6,8% em relação a dezembro do ano passado. Os dados dizem respeito somente a investimentos feitos por pessoas físicas, ou seja, não são considerados investimentos feitos por empresas.
O levantamento foi feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). A alta foi puxada principalmente pelo varejo de alta renda — clientes com patrimônio elevado, mas abaixo da faixa private — que avançou 10,7% no semestre e concentra 36% do total investido, somando 2,86 trilhões de reais.
O varejo tradicional cresceu 4,1%, alcançando 2,66 trilhões de reais (33,5% do total), enquanto o segmento private, voltado a quem tem mais de 5 milhões de reais investidos, subiu 5,4%, atingindo 2,42 trilhões de reais, o equivalente a 30,5% das aplicações.
Mais renda fixa
Com a Selic a 15%, o perfil conservador se fortaleceu. A renda fixa representa 58,9% de todo o volume investido no país, somando 4,68 trilhões de reais — um crescimento de 8,2% em seis meses. Como as aplicações de renda fixa costumam a render acompanhando a taxa básica de juros, vale mais a pena para os investidores deixar o dinheiro rendendo na renda fixa do que correr risco com opções de renda variável como funco de ações, por exemplo.
Produtos isentos de Imposto de Renda, como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures incentivadas, cresceram 12,2% e alcançaram 1,39 trilhão de reais. Os CDBs tiveram alta de 9,9%, chegando a 1,15 trilhão de reais. Já as debêntures tradicionais avançaram 12,7%, para 93,4 bilhões de reais, e os títulos públicos registraram salto de 17,4%, somando 215,8 bilhões de reais.
Mesmo com a atratividade da renda fixa, a renda variável cresceu 4,6%, somando 1,04 trilhão de reais, ou 13,1% do total investido.
Onde estão os investidores
O Sudeste concentra 66,5% dos investimentos, com 5,28 trilhões de reais e alta de 7,5% no semestre. O Sul vem em seguida, com 1,36 trilhão de reais (+3,5%), seguido pelo Nordeste (737,8 bilhões de reais, +7,9%), Centro-Oeste (20,3 bilhões de reais, +6%) e Norte (142,5 bilhões de reais, +8,5%).