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Fight Music Show: o esporte do entretenimento

O evento reúne luta, música e entretenimento com competidores conhecidos do público — e marketing milionário
1 de março de 2024 em Nacional
Foto: Getty Images

No dia 24 de fevereiro, foi realizada a quarta edição do Fight Music Show (FMS), evento que oferece boxe, entretenimento e música em um só lugar. A luta principal foi entre o tetracampeão Acelino Popó Freitas e Kleber Bambam, campeão da primeira edição do Big Brother Brasil. Com 36 segundos de disputa, Popó nocauteou o adversário.

Além deles, influenciadores e cantores como MC Gui, Nego do Borel, Luiz Otávio Mesquita e Thomaz Costa se enfrentaram para entreter as mais de 5 mil pessoas que esgotaram os ingressos para acompanhar o evento realizado no espaço Vibra, em São Paulo. As lutas foram transmitidas pelas redes sociais e o card principal, entre Popó e Bambam, foi transmitido pela Rede Globo.

O FMS é um evento muito mais de entretenimento do que de luta. Com um marketing sofisticado, que envolve as redes sociais, empresas investem pesado para vincular suas marcas aos lutadores. Bambam, por exemplo, com 4,2 milhões de seguidores, foi patrocinado pela Nike e pela OnlyFans. Os valores da última luta não foram divulgados ainda, mas a expectativa dos organizadores é de que superem os 25 milhões de reais movimentados no combate entre Popó e o influenciador Whindersson Nunes, em 2022. Além disso, há o valor da premiação e, claro, a grande visibilidade que possibilita aos lutadores aumentar ainda mais seu alcance e conseguir novos contratos.

O Fight Music Show

O projeto foi idealizado por Mamá Brito, CEO do FMS, primo e master coach dos lutadores de MMA Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Brito sempre esteve próximo ao universo do esporte por gerenciar a carreira dos primos. Em uma viagem à Tailândia, ele conheceu um evento de lutas com muitas luzes e música. Com essa inspiração e o seu conhecimento no esporte, desenvolveu o FMS no Brasil, que na edição de estreia apresentou a luta entre Whindersson Nunes e Popó, que terminou empatada.

Segundo Brito, apesar do viés do entretenimento, as celebridades que aceitam participar do evento assinam um contrato em que se comprometem a manter uma frequência de treinos e a bater o peso combinado na data do confronto, caso contrário há cobrança de multa. Assim, uma luta agradável e competitiva aos espectadores é garantida.

O evento tem a participação da Comissão Nacional de Boxe, que acompanha o cumprimento das regras, inclusive dos competidores amadores. “Volta e meia me perguntam se o evento não fere as regras do boxe tradicional, mas eu não faço boxe tradicional, faço boxe de entretenimento”, disse Brito em entrevista ao UOL.

Fontes: UOL, ESPM e FMS.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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