
Junho é o mês das festas de São João, Santo Antônio e São Pedro e, segundo dados da Serasa, 65% dos brasileiros participam das festas do mês. Regiões como Norte e Nordeste — conhecidas nacionalmente pelas festas e comidas tradicionais — são as mais impactadas pelos R$ 7,4 bilhões que as celebrações devem movimentar neste ano em todo o país.
A projeção foi feita pela professora de economia da PUC-SP, Cristina de Mello, a pedido da CNN. Ela uniu dados do Ministério do Turismo de anos anteriores, acrescidos da inflação, de 12,5%, e projetou um crescimento de 10%. Os setores mais beneficiados devem ser o alimentício e o de vestuário.
O turismo como transferência de renda
Os dados da Serasa mostram também que ao menos 14% dos brasileiros viajam para celebrar as festas juninas em outros estados e municípios. Esse movimento impacta positivamente setores como hotelaria, transporte e serviços locais de alimentação.
A leitura da economista da PUC-SP é de que a transferência natural de renda é benéfica. Segundo ela, os turistas que vão ao Nordeste são, em sua maioria, pessoas com maior renda e movimentam o comercio local — com artesanato, pousadas, passeios.
Inflação nos alimentos típicos
Um relatório da plataforma de investimentos Rico destaca o resultado inflacionário em itens fundamentais para as comemorações juninas. Só o amendoim teve um aumento de 40%, devido aumento da procura e à pouca oferta no mercado. Além disso, a mandioca também subiu 13% nos últimos 12 meses.
Mas nem tudo ficou mais caro. O mesmo relatório mostra que milho, arroz e a batata, em função da boa safra que tiveram esse ano, tiveram uma redução nos preços em comparação a junho do ano passado. Essa oscilação nos preços ano a ano se torna comum em alimentos tão sensíveis às variações climáticas, transporte, exportação e procura.
Fontes: CNN Brasil e Rico.