
No dia 16 de setembro, o governo norte-americano e a ByteDance, dona chinesa do TikTok, avançaram em um acordo que pode evitar o banimento do aplicativo nos Estados Unidos (EUA), um dia antes do fim do prazo estabelecido pela lei aprovada em 2024.
Essa legislação, criada ainda no governo anterior, obriga que apps controlados por empresas de países considerados “adversários” sejam vendidos para grupos americanos. Mesmo sem acordo oficial, o presidente Donald Trump estendeu pela quarta vez o prazo para conclusão do negócio em mais 90 dias. “Temos um acordo sobre o TikTok… temos um grupo de grandes empresas que querem comprá-lo”, afirmou ele em entrevista coletiva para a imprensa, sem ainda confirmar quais empresas farão parte do consórcio ou divulgar mais detalhes.
As mudanças do acordo
Segundo o Wall Street Journal (WSJ), a operação será conduzida por um consórcio de investidores formado pelas empresas Oracle, Silver Lake e Andreessen Horowitz, que ficará com 80% das ações. A ByteDance manterá 19,9%, exatamente 0,1% abaixo do limite legal permitido para empresas estrangeiras.
Todos os norte-americanos precisarão migrar para uma nova versão do aplicativo, que está em fase de testes. Além disso, os dados dos usuários nos EUA serão processados em instalações da Oracle, no Texas, para atender às preocupações do governo sobre o possível uso dessas informações pelos chineses para espionagem.
TikTok nos EUA
O TikTok tem cerca de 170 milhões de usuários nos EUA e, segundo pesquisa do Pew Research Center de 2024, seis em cada dez jovens de 13 a 17 anos usam a rede. Esses números mostram a força da plataforma, que se tornou central para a cultura digital global.
Fontes: Folha de S.Paulo e G1.