
A recente escalada do conflito entre Irã e Israel provocou uma forte reação nos mercados internacionais. Na sexta-feira, 13/6, o preço do barril de petróleo tipo Brent — referência global — disparou mais de 13%.
O movimento não é inédito, mas serve como exemplo claro do quanto conflitos armados, especialmente no Oriente Médio, afetam diretamente a economia mundial.
O aumento repentino dos preços foi impulsionado por temores sobre a estabilidade da oferta de petróleo. Além de concentrar alguns dos principais produtores do mundo, a região é uma importante rota de exportação. Pelo Estreito de Ormuz, localizado na região, passa cerca de um quinto de todo o petróleo comercializado globalmente.
Ou seja, qualquer ameaça à livre navegação nesse corredor estratégico tende a gerar reações imediatas no mercado financeiro — como a alta do petróleo e a valorização do dólar.
Analistas do setor já alertam para possíveis cenários mais graves. Segundo projeções do JPMorgan, caso o conflito se intensifique e leve a uma interrupção significativa nas rotas de exportação — especialmente no Estreito de Ormuz — o preço do petróleo pode ultrapassar os US\$ 100, podendo chegar até US\$ 120 por barril.
Uma alta elevada do petróleo afeta todo mercado mundial, podendo causar um aumento em cascata dos preços, uma vez que todo produto depende direta ou indiretamente de combustível para ser produzido ou transportado.
O caso evidencia como guerras regionais têm impactos que extrapolam suas fronteiras.
Fonte: CNN e Financial Times.