
O apagão que atingiu Portugal e Espanha no dia 28 de abril deixou milhões de pessoas sem energia e comunicação e também afetou as empresas.
Todo o território português foi impactado. Serviços essenciais como metrô, trens e semáforos ficaram paralisados. Celulares apresentaram problemas, especialmente nas chamadas de voz.
Hospitais recorreram a geradores para manter operações críticas, e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, suspendeu atividades programadas, ativando o plano de contingência.
Na Espanha, grandes companhias, como Seat, Ford, Iveco, ArcelorMittal e Celsa, tiveram que interromper as atividades em consequência da falta de energia, segundo o jornal espanhol El País.
Na planta petroquímica de Tarragona, os sistemas de segurança foram ativados automaticamente, o que provocou a emissão de uma fumaça preta, que assustou a população, embora não houvesse nenhum risco. Outras empresas, como CAF e algumas do grupo Mondragón, recorreram a geradores para manter serviços essenciais.
No setor varejista, cadeias como DIA e Ahorramás fecharam diversas lojas. El Corte Inglés, Mercadona e Alcampo conseguiram operar parcialmente, utilizando geradores. Segundo o HuffPost Espanha, a demanda por itens básicos, como água engarrafada, disparou nas lojas abertas.
O transporte público espanhol também sofreu grandes interrupções. De acordo com o jornal The Times, milhares de passageiros ficaram presos em trens parados em várias regiões da Espanha. Aeroportos operaram com restrições severas, resultando em cancelamentos e atrasos de voos.
Além disso, instabilidades nas redes de telecomunicações comprometeram a realização de transações financeiras e a comunicação corporativa, gerando perdas no comércio e em serviços financeiros.
As causas do apagão ainda não foram descobertas. Mas, segundo o premiê espanhol, Pedro Sánchez, a Espanha perdeu, de maneira súbita, o equivalente a cerca de 60% de geração da energia demandada.