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CEO da criadora do ChatGPT alerta para o risco de fraudes bancárias usando IA

Sam Altman afirmou em entrevista que há grande risco de surgirem mais golpes com vozes e rostos falsos gerados por inteligência artificial
23 de julho de 2025 em Internacional
Sam Altman, CEO da OpenAI, em entrevista no Federal Reserve. Foto: Andrew Harnik/Getty Images

A inteligência artificial (IA) que hoje ajuda a escrever textos, criar imagens e resolver tarefas complexas também pode ser usada para enganar. Foi esse o alerta dado por Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, durante um evento do Federal Reserve (o banco central norte-americano), nos Estados Unidos.

Segundo ele, o mundo está à beira de uma “crise significativa de fraudes” alimentada por ferramentas de IA capazes de falsificar vozes e vídeos de maneira praticamente perfeita.

Altman destacou que sistemas de autenticação por voz, ainda utilizados por bancos e operadoras de cartão, são extremamente vulneráveis. “É uma loucura depender disso em 2025”, afirmou.

A IA já consegue clonar vozes com apenas alguns segundos de áudio, o que abre espaço para golpes sofisticados, como ligações falsas se passando por clientes ou familiares e até acessos indevidos a contas bancárias.

A preocupação não se limita às fraudes individuais. Altman alertou para a possibilidade de ataques em larga escala, promovidos por quadrilhas ou até mesmo por governos hostis, com o objetivo de desestabilizar instituições financeiras. Com os avanços dos deepfakes — vídeos criados por IA que imitam rostos e falas reais — até autenticações por videochamadas podem se tornar arriscadas.

Diante desse cenário, especialistas defendem uma revisão urgente das políticas de segurança digital adotadas por empresas e governos. A OpenAI, por exemplo, está envolvida em iniciativas de “prova de humanidade”, que buscam criar formas confiáveis de verificar se um usuário é, de fato, uma pessoa real.

Enquanto isso, nós, consumidores, também precisamos rever nossos hábitos de segurança. Veja algumas recomendações para reduzir os riscos:

1. Evite autenticação por voz sempre que possível

Se seu banco oferece essa opção como única forma de verificação, entre em contato e peça alternativas, como senhas fortes.

2. Ative a autenticação em dois fatores

Sempre que disponível, use a autenticação multifator. Ela adiciona uma camada extra de segurança ao exigir duas maneiras diferentes de identificação.

3. Desconfie de ligações e mensagens com tom urgente

Mesmo que a voz pareça familiar, nunca forneça dados sensíveis por telefone, especialmente senhas, códigos de verificação ou números de cartão.

4. Atualize senhas regularmente

Troque suas senhas com frequência e evite reutilizá-las em diferentes serviços.

5. Informe-se sobre as políticas de segurança do seu banco

Saiba quais são os canais oficiais de atendimento e como proceder em caso de suspeita de fraude.

Fonte: CNN.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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