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Cashback: o “dinheiro” que vai, mas volta

O serviço permite que o consumidor receba parte do dinheiro da compra de volta
8 de março de 2023 em Mercado
Foto: Getty Images

Nem milhas, nem cupons de desconto, nem promoção, o benefício favorito dos consumidores neste momento é o cashback, uma espécie de programa de fidelidade.

O serviço é popular nos Estados Unidos e vem ganhando força no Brasil desde 2011. Essa alternativa de chamar a atenção de clientes e conquistá-los por meio de reembolso chegou ao país com a startup brasileira Meliuz. Hoje, a empresa de tecnologia já tem mais de 800 lojas parceiras, que oferecem descontos e cashback aos clientes.

A dinâmica do serviço é simples: você compra e recebe parte do valor de volta. Desde o início da pandemia de covid-19, 48% dos consumidores utilizaram o benefício do cashback, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e a expectativa é de que ele cresça cada vez mais.

Além de empresas especializadas no sistema de reembolso e grandes redes de lojas, as instituições financeiras passaram a usar o serviço com base na utilização do cartão de crédito.

Como funciona

O valor do cashback e o modo de utilização varia de acordo com a companhia que o oferta, assim como o mecanismo para recebê-lo. Na maioria das vezes é necessário fazer um cadastro ou baixar um aplicativo para ter acesso a compras com o benefício.

A porcentagem de reembolso pode ser definida pela instituição sem restrições ou normas governamentais. Há empresas que optam por quantias menores, de 1% a 5%, e outras que utilizam de uma estratégia mais robusta, oferecendo porcentagens maiores, especialmente em eventos anuais específicos, como a Black Friday, para alavancar esse retorno e conquistar o cliente.

Exemplo: se você comprar um brinquedo de R$ 200 para presentear o seu irmão e a loja oferecer 2% de cashback, ao fim do pagamento, parcelado ou não, você receberá de volta R$ 4. Ou, se encontrar lojas com condições melhores, que ofereçam 20% de cashback, terá um reembolso de R$ 40.  

Na maior parte dos casos, o valor de cashback fica disponível na carteira digital ou no aplicativo e pode ser utilizado em novas compras na mesma loja e/ou para pagamento de contas na própria instituição financeira. Também já é possível encontrar empresas que ofereçam o valor para saque, deixando a utilização a critério do cliente, sem limitações.

Tipos de cashback

  • Cashback de bancos: devolvem aos clientes parte do dinheiro gasto em compras nos cartões de crédito e débito, diretamente na conta do usuário;
  • Cashback de crédito: pode ser usado para descontar parte da fatura do cartão de crédito;
  • Cashback das carteiras digitais: os valores vão para carteiras digitais e podem ser usados para novas compras na mesma loja;
  • Cashback social: lojas que possibilitam a doação de sua porcentagem de cashback para instituições sociais.

Vantagens para quem vende e quem compra

Para os usuários, ter parte do dinheiro de volta é uma maneira de economizar. Apesar de realizar a compra e desembolsar um valor, ele terá parte da quantia de volta para acumular pontos, comprar novos produtos, doar ou usar como preferir.

Para os lojistas, oferecer o cashback pode parecer prejudicial em um primeiro momento, pois há uma devolução de valores, portanto o produto ficaria mais “barato”. Contudo, o benefício pode ser um diferencial em relação à concorrência. Muitas empresas usam o cashback como estratégia de atração e fidelização de clientes e para oferecer uma melhor experiência de compra.

Fontes: Sebrae, Serasa e Agência Brasil.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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