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A Black Friday deste ano, será no dia 28 de novembro e deve movimentar 5,4 bilhões de reais no país, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Importada dos Estados Unidos, a data acontece sempre na última sexta feira de novembro, mas o bombardeio de ofertas que prometem compras imperdíveis tem começado cada vez mais cedo todos os anos.
Por isso, antes de colocar os itens no carrinho, é preciso saber como agir para fazer compras inteligentes e não sair do vermelho.
“No ano inteiro somos convocados para consumir”, alerta a educadora financeira e cofundadora da Bem Educação Ana Leoni. “Carnaval em fevereiro, Páscoa em abril, Dia das Mães em maio, Dia dos Pais em agosto… a Black Friday foi criada nos Estados Unidos e trazida para o Brasil buscando criar mais uma data forte para consumo”, diz ela.
As propagandas acabam estimulando ainda mais essa corrida para um consumo frenético. Anúncios como “é só hoje” e “últimas unidades” estabelecem um falso senso de urgência, enquanto o sentimento de que “todo mundo tem” aciona o medo de ficar de fora.
Guia de sobrevivência à Black Friday
Para navegar nesse mar de ofertas de modo consciente e sem cair em armadilhas, a especialista elaborou um guia prático especialmente para os jovens. Confira.
Planeje: é o primeiro passo. Em vez de ser “caçado” pelas promoções, inverta a lógica: faça uma lista daquilo que você pensa em adquirir. “Não vá para comprar um bom preço, vá para comprar o que está na lista.”
Questione: com a lista em mãos, Ana afirma que devemos nos fazer três perguntas essenciais antes de qualquer compra: Eu posso? Eu quero? Eu devo? Ela explica: “Muitas vezes, a resposta para o ‘devo’ nos salva de um impulso”. Por exemplo, pode ser que você queira e possa pagar por um novo computador, mas se o seu atual funciona perfeitamente, será que você realmente deve fazer essa compra agora? Um produto com preço baixo, mas que não tem utilidade real para você, na prática, pode não ter valor algum no fim das contas.
Pesquise: compare preços antes de fazer qualquer compra e desconfie de ofertas milagrosas. Ana lembra que não se trata de deixar de comprar, e sim de fazer escolhas conscientes. “Não importa se você pagou barato. Se é um negócio de que você não precisa, com o dinheiro que você não tem, custou muito caro.”
Dica extra!
Faça uma lista do que deixou de comprar. Assim você consegue materializar o quanto segura o seu impulso e, no fim do mês, pode ter uma ideia da quantia que realmente economizou.
(Essa reportagem foi originalmente publicada no jornal Joca, da Editora Magia de Ler)


