
Cerca de 10,9 milhões de brasileiros com mais de 14 anos têm problemas emocionais, familiares e econômicos em consequência de jogos de apostas. Um em cada oito jogadores — o que equivale a 1,4 milhão de pessoas — tem um perfil de apostador compatível com o diagnóstico do transtorno do jogo, ou seja, tem um desejo incontrolável de jogar mesmo após sofrer prejuízo.

Os números são de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ouviu 16.608 brasileiros, com 14 anos ou mais, de 349 municípios, distribuídos por todas as regiões do país. Foram investigados jogos on-line e outros, como os de loteria.
Apesar de o jogo ser proibido para menores de 18 anos, 4% dos apostadores identificados no estudo eram adolescentes. Destes, 84,1% apostavam por meio de sites na internet.
Mesmo sendo um grupo percentualmente pequeno, os adolescentes estão entre os que correm mais risco de desenvolver o transtorno do jogo, ao lado de pessoas de mais baixa renda e de adeptos das plataformas de apostas on-line.
Os comportamentos que podem indicar vícios em apostas
– Perda de controle sobre o hábito de apostar.
– A aposta passa a ocupar um papel central na vida.
– Prejuízos significativos na vida financeira e pessoal.
– Perder dinheiro e voltar a apostar tentando recuperar o prejuízo.
– Ansiedade e angústia quando não consegue apostar.
– Pedir dinheiro emprestado ou vender bens para continuar apostando.

Fonte: Pesquisa Fapesp.