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O bitcoin, criptomoeda mais relevante do mundo, bateu um novo recorde nesta semana ao ultrapassar os 120 mil dólares (em torno de 640 mil reais). O movimento aconteceu em meio ao shutdown do governo dos Estados Unidos, que paralisou parcialmente as atividades do governo por falta de aprovação das contas no congresso; e às apostas de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, pode reduzir as taxas de juros ainda em 2025.
A movimentação alimenta o otimismo dos investidores por mais um uptober, expressão que se origina da junção das palavras up (para cima, em inglês) e october (outubro). O termo começou a circular porque, em vários anos anteriores, outubro foi historicamente um mês positivo para o bitcoin, com valorizações expressivas depois de quedas no mercado. Assim, quando os investidores falam em uptober, estão dizendo, de forma bem-humorada, que outubro é tradicionalmente um mês em que o mercado “sobe” — embora isso não seja uma regra e dependa do contexto econômico.
Quais são as razões para a alta
Segundo analistas, a alta desta semana se explica por um movimento natural no mercado. Quando há turbulência política e econômica, investidores costumam buscar ativos alternativos, como ouro e criptomoedas. Nesse cenário, o bitcoin voltou a ganhar força e rompeu a barreira simbólica que não era alcançada desde seu auge, em 2021.
Outro fator que impulsionou a alta foi o aumento das operações no mercado de contratos futuros, um tipo de investimento em que investidores apostam no preço futuro do ativo. O volume de apostas cresceu tanto que atingiu patamar recorde, sinalizando otimismo dos chamados bulls, os investidores que acreditam na valorização.
Apesar da empolgação, vale reforçar que as criptomoedas são ativos de alta volatilidade. Isso significa que os preços podem subir ou cair rapidamente, sem aviso prévio. É um mercado que exige sangue-frio e planejamento de longo prazo, pois as chances de perda são grandes.
Fontes: O Globo e Valor Investe.
