
No dia 21 de agosto, o Google divulgou um relatório dizendo ter reduzido em 97% a energia que sua inteligência artificial (IA), o Gemini, gasta para responder a uma pergunta. Desde o surgimento das IAs, pesquisadores alertam para o impacto ambiental dessas tecnologias. Por isso, esse tipo de dado é visto como um avanço importante.
Quanto custa para uma IA responder a você?
De acordo com o Google, um texto mediano enviado ao Gemini gasta 0,24 Wh, o equivalente ao que uma televisão gasta ao ficar ligada por nove segundos. Além disso, foi analisada a pegada hídrica que a IA deixa, ou seja, o quanto gasta de água para gerar energia ou resfriar data centers: 0,26 ml, ou aproximadamente cinco gotas.
Embora o gasto energético e hídrico pareça baixo, a situação se torna alarmante com o ritmo de crescimento do uso das IAs. Em apenas um ano, entre maio de 2023 e maio de 2024, o volume de dados processados por IAs aumentou 49 vezes. Saltou de 9,7 trilhões de palavras por mês para 480 trilhões. Em julho de 2025, a estimativa já estava perto de 980 trilhões.
Novas regras
Esse relatório saiu justamente enquanto a União Europeia discute criar regras para que empresas de IA mostrem, de forma clara, o impacto ambiental de seus sistemas. Ainda não há uma lei pronta, mas a ideia é definir um padrão de medição obrigatório.
Fonte: Folha de S.Paulo.