
O Brasil assumiu a 15ª posição no Índice de Transição Energética (ETI, na sigla em inglês), divulgado em 18 de junho pelo Fórum Econômico Mundial. O país também foi apontado como líder na América Latina e se destacou pelo uso e pela diversificação de fontes renováveis, servindo de modelo para outras economias emergentes, que ficaram abaixo do Brasil no ranking que avaliou 118 nações.
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O índice mede o grau de preparo, desempenho e prontidão dos países na adoção de fontes energéticas alternativas ao petróleo, com base em 43 indicadores. A posição brasileira supera a de potências como Reino Unido (16º) e Estados Unidos (17º).
Os primeiros lugares da lista ficaram com Suécia, Finlândia, Dinamarca e Noruega, respectivamente, com Portugal em quinto lugar. Outros destaques incluem a China, que alcançou a 12ª posição, a melhor colocação da nação asiática até hoje, e a Nigéria, que subiu do 109º para o 61º lugar em dez anos.
Apesar de destacar avanços significativos, o Fórum Econômico Mundial alertou que os investimentos globais ainda estão aquém do necessário para garantir uma transição energética eficaz. O órgão estima que, até 2024, cerca de 2 trilhões de dólares (em torno de 11 trilhões de reais) foram investidos em fontes de energia renovável e sustentável. No entanto, afirma que esse valor deveria ser, no mínimo, três vezes maior para atender às demandas futuras.
Na outra ponta do ranking, os últimos colocados foram Trinidad e Tobago, Botsuana e a República Democrática do Congo, com os piores desempenhos nos critérios avaliados. O Fórum alertou, ainda, que 80% do crescimento da demanda por energia vem de economias emergentes, enquanto a maior parte dos investimentos em energia limpa continua concentrada em países desenvolvidos.
Mas o desequilíbrio na distribuição de capital investido é apenas um dos principais desafios apontados para realizar a transição energética. Além disso, o Fórum menciona gargalos burocráticos — como licenciamento e autorizações — e a necessidade de redefinir os conceitos de segurança energética.
Fontes: O Globo, Jornal de Brasília.